Em cerimônia fechada, Ricardo Liáo assume comando do novo Coaf

Publiciado em 22/08/2019 as 15:12
Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados

Ricardo Liáo assumiu nesta quinta-feira (22) o comando da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), novo órgão que substituirá o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e que passa a fazer parte do Banco Central (BC). Liáo era diretor de supervisão do antigo órgão de controle.

A transmissão de cargo foi realizada na manhã desta quinta-feira, em uma cerimônia fechada na sede do órgão, e contou com a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, autor da nomeação de Liáo.

Ricardo Liáo é servidor aposentado do Banco Central e deixa o cargo de diretor de Supervisão do Coaf para assumir a UIF.

De 1998 a 2013, foi conselheiro do BC no Coaf. De 2013 a janeiro deste ano, foi secretário-executivo do conselho, e, desde então, diretor de supervisão do órgão.

O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória publicada nesta terça-feira (20) no "Diário Oficial da União" que transferiu o órgão do Ministério da Economia para o Banco Central.

A medida provisória também oficializou a mudança de nome do órgão, que deixou de ser Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para passar a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

 

A polêmica

De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, aliados de Bolsonaro vinham pressionando o presidente a demitir o chefe do Coaf, Roberto Leonel.

Isso porque Leonel, indicado para o cargo pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou uma decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em julho, Toffoli suspendeu investigações baseadas em dados compartilhados pelo Coaf sem autorização judicial.

A decisão foi tomada atendendo a pedido do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o Coaf, foram encontradas movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, motorista de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando o senador era deputado estadual.

Conforme o órgão, Queiroz movimentou de maneira atípica R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017.

Do G1