Polícia confirma terceira morte por síndrome nefroneural em BH
A Polícia Civil confirmou, na manhã desta quinta-feira (16), a terceira morte provocada pela síndrome nefroneural em Belo Horizonte. A doença tem sido vinculada ao consumo da cerveja artesanal Belorizontina, da fabricante Backer.
A vítima é um homem de 89 anos, que não teve a identidade divulgada até a última atualização desta reportagem. O paciente morreu no Hospital Mater Dei, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por volta das 2h50. O corpo deve passar por exames e perícia no Instituto Médico-Legal (IML).
Nesta quarta-feira (15), a segunda morte pela síndrome havia sido confirmada. Trata-se de Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 76 anos. O corpo dele deve ser enterrado às 11h desta quinta-feira. Permanece sob investigação a morte de uma mulher em Pompéu, Região Centro-Oeste do estado.
A primeira vítima da síndrome a morrer foi Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos. Ele estava internado em Juiz de Fora e morreu em 7 de janeiro.
Entre os sintomas da síndrome nefroneural estão alterações neurológicas e insuficiência renal. De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Lilian Pires de Freitas do Carmo, os primeiros sinais de intoxicação por dietilenoglicol são dores abdominais, náuseas e vômitos. O tratamento é feito no hospital, com monitoração, e tem o etanol como antídoto.
Até o momento, o dietilenoglicol foi encontrado pela Polícia Civil em três lotes da cerveja Belorizontina: L1 1348, L2 1348 e L2 1354. A Backer considera que são dois lotes, sendo L1 1348 e L2 1348 linhas diferentes de um mesmo lote.
O Ministério da Agricultura identificou a substância tóxica em seis lotes da cerveja Belorizontina. São eles: L2 1354, L2 1348, L2 1197, L2 1604, L2 1455 e L2 1464. A pasta também confirmou a contaminação do lote L2 1348 da cerveja Capixaba, que é a mesma cerveja, mas usa um rótulo diferente.
Do G1
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