GAECO do Ministério Público - Tecnologia de ponta no combate à corrupção

Publiciado em 16/10/2018 as 21:40

Na manhã do dia 15, o Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Sergipe – GAECO apresentou, aos membros e servidores do órgão ministerial, uma Carta de Serviço, contendo o rol de atividades e serviços disponibilizados pelo Grupo, como forma de auxiliar os promotores de Justiça, com as melhores ferramentas e práticas na área de investigação.

O GAECO é um órgão vinculado à Procuradoria Geral de Justiça e tem como atribuição precípua prromover ações penais ou cíveis destinadas a identificar e reprimimir organizações criminosas em todo o Estado de Sergipe e, além da gestão administrativa, conta com o Núcleo de Inteligência – NUINT e o Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro – LABLD.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, José Rony Silva Almeida, no Brasil, a atuação das organizações criminosas exige que o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro seja especializada e com o desenvolvimento de técnicas e metodologias avançadas para análise e produção de informações estratégicas. “Sabemos que a corrupção é um dos piores males da sociedade brasileira atual, bem como o dano que todos os escândalos de corrupção vêm causando. O dinheiro desviado pela corrupção acaba sendo retirado dos serviços essenciais mais caros e necessários para a população, como saúde educação segurança pública e tantos outros.. A instrumentalização do LABLD no MP de Sergipe, vem ao encontro desta necessidade, mediante o apoio aos órgãos de investigação e persecução, seja na seara penal, tributária ou da improbidade administrativa", pontuou o PGJ.

No encontro, realizado na sala 03 da Escola Superior do MP, Rony Almeida explicou que as ferramentas implantadas propiciam ao Estado de Sergipe combater, de forma mais eficiente, crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, pois funciona como centro de produção de informações estratégicas para o enfrentamento a esses crimes. O LABLD é capaz de agilizar a análise tecnológica de dados gerados em quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico, além de propor o uso de programas de computador que facilitam a avaliação de informações.

O promotor de Justiça e diretor do GAECO Bruno Melo, fez uma explanação acerca do Portal do Grupo de Combate ao Crime Organizado, das novas tecnologias adquiridas, dos serviços modernos e da praticidade do apoio operacional prestado aos promotores pelo GAECO. “Utilizando tecnologia de ponta, com equipamentos de última geração e softwares que permitem buscar operações financeiras suspeitas, a equipe do GAECO cria buscas refinadas em grandes volumes de dados e cruzam informações de várias bases. Os sistemas do Grupo estão à disposição de todos os membros do MP, para o enfrentamento de demandas complexas, com técnicas voltadas para análise de dados financeiros e bancários, bem como para a detecção da prática da lavagem de dinheiro, corrupção e crimes relacionados”, explicou Bruno Melo.

O diretor do GAECO agradeceu ao PGJ Rony Almeida a confiança depositada para comandar o Grupo. “Agradeço a Rony Almeida por acreditar na minha capacidade e por auxiliar a instituição na criação e implementação do GAECO, bem como na instrumentalização para combater o crime organizado e a corrupção”.

O coordenador do GAECO Fábio Mangueira complementou as explanações do diretor e explicou toda a parte operacional dos sistemas, bem como a finalidade de cada uma das tecnologias adquiridas pelo MP sergipano.

Presente ao encontro, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mandonça Neto, parabenizou ao PGJ pelas duas gestões produtivas frente ao MP de Sergipe, pelo trabalho desenvolvido como presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos – GNDH e, por ser, segundo ele, um “catalisador” do MP Nacional. “Esse é um momento de evolução absoluta do MP sergipano”, disse o PGJ. Alfredo Gaspar é também presidente do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas – GNCOC e pontuou que, em pouco tempo de gestão, Rony Almeida conseguiu colocar Sergipe em um patamar histórico de evolução. O PGJ alagoano parabenizou, ainda, o diretor do GAECO e a equipe operacional do Grupo pela capacidade de trabalho. “Vocês conseguiram transformar tecnologias difícies e complexas em instrumentos de fácil manuseio para facilitar o trabalho dos promotores sergipanos”. O PGJ de Alagoas manifestou interesse em levar as soluções de inteligência desenvolvidas pelo GAECO do MP de Sergipe para outros MPs do Brasil e afirmou: “O MP de Sergipe fez a transição da “era analógica” para a “era digital”.

Muito satisfeito, o PGJ agradeceu, também a toda a equipe envolvida nos trabalhos, membros do MP, policiais civis e militares e a parceria com o MPF em Sergipe. “A estruturação do GAECO e intalação do LABLD foram propostas da nossa gestão que cumprimos com muito orgulho. Investimos alguns milhões para auxiliar nossos membros no combate à incessante corrupção e às organizações criminosas, ações que a sociedade confia no MP. De nada adiantaria lutar, bravamente, contra a PEC 37 e não investir numa área tão sensível, importante e necessária para nossa instituição. O investimento que fizemos no LABLD é ínfimo perto do que ele pode oferecer", afirmou Rony Almeida.

O PGJ agradeceu ao promotor Bruno Melo e a todos os colegas e servidores que junto com ele participaram desses anos de trabalho e luta para construir um MP melhor a cada dia.”Foi uma felicidade participar dessa caminhada com toda a equipe do MP e uma honra poder exercer o cargo de PGJ numa quadra do País onde a atuação firme do MP, nunca se fez tão necessária”, salientou Rony Almeida que está no segundo mandato como chefe do MP de Sergipe.