Reformulação da Escola de Artes Valdice Teles expandiu oferta de cursos e aumentou a matrícula

Publiciado em 02/09/2019 as 11:49
Foto: André Moreira

No Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju (2017-2020), a cultura tem atenção especial. Neste sentido, um dos equipamentos culturais do Município que tem passado por uma reformulação é a Escola de Artes Valdice Teles, importante espaço de fomento a novos artistas.

Dentro desse processo de reformulação, está o empenho da gestão municipal em expandir o acesso aos cursos da Escola de Artes e, consequentemente, fazer com que a oferta, de fato, chegue à população de toda a cidade. Com isso, destaca o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Cássio Murilo Costa, houve um aumento exponencial de alunos na Valdice Teles. 

“Abrimos novas vagas na Escola no último dia 13 e, somente nas primeiras 48 horas, foram mais de mil inscritos. Hoje, já temos mais de 1.600. Isso representa um aumento muito significante de pessoas interessadas em desenvolver sua aptidão artística e demonstra também que a reformulação pela qual a unidade está passando tem atraído mais alunos”, afirma Cássio Murilo. 

Outro ponto destacado pelo presidente da Funcaju foi a necessidade de descentralizar as atividades. “No início da gestão, tínhamos como uma das metas fomentar as atividades no Centro da cidade, aquecer a região por meio, também, da cultura. Assim, veio o Ocupe a Praça, o Quinta Instrumental. Mas, aí estamos falando da produção, do produto em si que é apresentado, mas nosso intuito era expandir a formação para que, consequentemente, tivéssemos mais produção. Neste processo, entendemos que deveríamos partir do centro, no caso a sede da Valdice, e distribuir cursos nos extremos da cidade”, ressalta.

Foi a partir do pensamento de expansão que surgiu a proposta de ofertar os cursos da Valdice nos Centros de Arte e Esportes Unificado (CEU), nos bairros Olaria e 17 de Março. Em 2019, as inscrições para os cursos nestes locais foram encerradas em junho. “Fizemos um trabalho de chamamento, mesmo, para incentivar os moradores dessas regiões. Dessa forma, alinhamos nossos objetivos. Partimos do Centro e chegamos a duas localidades que ficam em lados opostos da cidade, ou seja, com isso temos a ideia de efervescer a procura por formação artística de maneira amplificada, por toda a cidade”, explica o presidente da Funcaju. 

Todo o processo de inscrição, tanto para os cursos e oficinas da sede como dos CEUs é realizado no Mapa Cultural de Aracaju. “Este é outro ponto que vejo como um avanço, afinal, se trata da modernização do acesso. As pessoas interessadas têm acesso às informações, editais e às inscrições em um mesmo espaço na web e de forma simples e facilitada. Caso a pessoa não tenha acesso a um computador ou internet, na sede da Valdice é possível ter isso disponibilizado”, salienta Cássio. 

Fomento à cultura 

Na mais recente abertura de vagas, um dos cursos mais procurados foi o de acordeon, instrumento fortemente ligado à cultura nordestina. O presidente da Funcaju admite que foi uma grata constatação, visto que a população tem procurado desenvolver habilidades de intenso significado regional. 

“Isso se conecta muito a outro processo que estamos passando que é a Rede Cidades Criativas da Unesco, a qual estamos concorrendo na categoria Música, justamente por possuirmos uma rica diversidade musical, principalmente ligada à raiz do forró, que é a expressão musical mais forte do nosso estado. Então, ao abrirmos vagas para o curso de acordeon e este ter tido uma grande adesão, nos levou a acreditar que estamos no caminho certo”, frisou. 

O conjunto de movimentos voltados para a cultura integra de maneira consistente aquilo que prevê o Planejamento Estratégico e o rumo o qual a gestão tem trabalhado para desenhar em Aracaju, transformando-a numa cidade inteligente, humana e criativa. 

“Tudo se integra. Com o Mapa Cultural utilizamos a tecnologia para nos ajudar na construção de uma cidade inteligente, que se conecta. Humana porque estamos formando pessoas, incentivando o fomento à nossa cultura, ao que é de nossas raízes. Criativa porque agrega, estimula. Estamos evoluindo, mas buscamos a nossa memória cultural a partir da arte, da música tradicional para fortalecer a autoestima do nosso povo. É preciso que tenhamos esse sentimento de pertença, de admiração pelo que é de nossa gente. Como diz um dos nossos materiais: se a cidade tem uma alma, a cultura é a alma da cidade”, completa Cássio Murilo. 

Da AAN