Banco do Nordeste cresce volume de aplicações

Publiciado em 12/08/2017 as 06:03

O Banco do Nordeste contratou 2,4 milhões de operações de crédito no primeiro semestre de 2017, totalizando R$ 11,2 bilhões em investimentos na economia do Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O montante representa crescimento de 3,6% no volume contratado em relação ao mesmo período de 2016. O lucro líquido atingiu R$ 298 milhões, perfazendo acréscimo de 32,1% dentro do mesmo comparativo. As informações constam no balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira, 11.

Especificamente no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos do Banco do Nordeste, os números apontam contratações de R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão por meio do FNE Infraestrutura, destinados a projetos no setor de energia, e R$ 5,3 bilhões contratados em demais linhas de crédito do Fundo, evidenciando acréscimo de 5,7% na quantidade de financiamentos, totalizando 286,3 mil operações.

Empreendimentos rurais e urbanos de mini, micro, pequeno e pequeno-médio portes mobilizaram 68% do total de financiamentos contratados com recursos do FNE, exceto FNE Infraestrutura. O maior volume de recursos beneficiou agricultores familiares e micro e pequenas empresas (MPEs), expressando a dinâmica desses segmentos na economia regional.

No recorte por setor, a maior parte do crédito do FNE destinou-se aos setores Rural (soma de agricultura e pecuária, inclusive agricultura familiar) e Comércio e Serviços, que somaram 88,8% do volume de financiamentos. Ainda assim, em termos comparativos, o setor Rural registrou redução de 23,7% no valor das contratações, ao lado da Indústria (-24,5%) e do Turismo (-43,6%), ao passo que o setor Comércio e Serviços obteve elevação da ordem de 73,3%.

Microcrédito

O balanço financeiro também destaca as aplicações no microcrédito, que atingiram montante de R$ 4,86 bilhões. Esses recursos favoreceram microempreendedores urbanos e rurais por meio dos maiores programas de microcrédito da América Latina, Crediamigo e Agroamigo. No primeiro, contratou-se R$ 3,8 bilhões, beneficiando cerca de dois milhões de clientes. Já pelo Agroamigo, foram contratados R$ 1,05 bilhão, com 5,5% de crescimento no comparativo com o primeiro semestre de 2016.

O presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda, destacou a importância dos dois programas de microcrédito orientado enquanto ferramentas de inclusão financeira na Região. "Tratam-se de instrumentos importantes para redução de desigualdades e constituem porta de saída da pobreza, na medida em que alocam na região Nordeste cerca de 67% do que é investido no Programa Bolsa Família, propiciam inclusão, desenvolvimento social e fazem diferença na vida das pessoas", afirmou.

Recuperação de Crédito

No âmbito da recuperação de crédito, o Banco do Nordeste regularizou R$ 2,6 bilhões em operações inadimplentes até junho de 2017, valor 237,88% superior ao recuperado no primeiro semestre de 2016. "Foram mais de 100 mil operações regularizadas, a maioria decorrente dos benefícios da Lei 13.340/16, que permite a regularização de dívidas rurais", destacou Marcos Holanda.