Custo da cesta básica segue em queda nas capitais pesquisadas

Publiciado em 04/10/2017 as 19:48

Em setembro, o custo do conjunto de alimentos essenciais apresentou queda em 20 das 21 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As reduções mais expressivas foram registradas no Nordeste: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%), João Pessoa
(-4,62%), Salvador (-4,09%), São Luís (-3,97%) e Natal (-3,64%). A única alta foi observada em Campo Grande (1,17%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 436,68), seguida por São Paulo
(R$ 421,02) e Florianópolis (R$ 419,17). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 318,52), Natal (R$ 323,90) e Recife (R$ 328,63).

Em 12 meses, o valor da cesta apresentou redução em todas as cidades pesquisadas. As taxas negativas variaram entre -19,11%, em Cuiabá, e -5,19%, em Goiânia.

Entre janeiro e setembro de 2017, o custo da cesta diminuiu em todas as capitais, com destaque para as do Centro-Oeste: Cuiabá (-13,91%), Campo Grande (-11,96%) e Brasília
(-11,28%).

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em agosto de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o mínimo vigente. Em setembro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 4.013, 08 ou 4,56 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880, 00.