Brasileiros sofrem impacto de incêndios na Califórnia

Publiciado em 17/11/2018 as 19:38


A rotina de brasileiros que vivem nos Estados Unidos foi alterada desde que devastadores incêndios atingiram o estado da Califórnia. Na cidade de Oakland, onde a assistente pernambucana social Rosalie Araújo vive há dez anos, escolas suspenderam as aulas devido à baixa qualidade do ar.

“Estamos vivendo a pior condição de ar possível. A recomendação das autoridades é de que a gente evite sair de casa e utilize máscaras nas ruas. Cheguei a ir ao centro comercial e senti nariz e garganta secas, dor de cabeça e olhos ardendo”, conta Rosalie. Ainda de acordo com a pernambucana, a fumaça provocada pelos incêndios tomou conta da cidade, como uma densa neblina.

Em outras localidades da Califórnia, o fogo provocou danos ainda maiores. Em Paradise, cerca de 90% das casas foram destruídas. Segundo informações divulgadas por autoridades nesta sexta-feira (16), o número de desaparecidos no incêndio ultrapassou mil pessoas. 

“Por aqui, geralmente, quem tem casa própria possui um seguro. Mas quem vive de aluguel fica desassistido. A Cruz Vermelha é muito ativa. Já vi vários pontos de arrecadação de roupas e alimentos para as vítimas montados pela instituição nesses últimos dias”, comenta Rosalie. 

O xerife do condado de Butte, Kory Honea, revelou que de quinta para sexta-feira o número de desaparecidos saltou de 631 para 1.011, com novos relatos de pessoas sem contato e enquanto as autoridades repassam as chamadas de emergência realizadas no dia 8 de novembro, quando foi deflagrado o chamado incêndio "Camp Fire", que até o momento deixou 71 mortos.

Outras três pessoas morreram no sul da Califórnia no incêndio "Woolsey Fire". Honea destacou que a lista de desaparecidos flutua constantemente e que isto não significa que todos estão mortos. "Quero que entendam que é uma lista dinâmica. A informação que estou proporcionando é informação bruta e sabemos que existe a possibilidade de duplicidade de nomes".