Márcio diz que bloqueio de bens de Lula é arbitrário e ato de vingança.

Publiciado em 20/07/2017 as 21:53

O vice-presidente nacional do PT, Márcio Macêdo, concedeu, na tarde desta quinta-feira (20), entrevista coletiva ao lado da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, do senador Lindbergh Farias, dos deputados federais Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, além do advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Martins. Eles trataram do bloqueio dos bens e das contas de Lula, por decisão do juiz Sérgio Moro. Pela noite, Márcio participou do ato em defesa do ex-presidente, que reuniu milhares de pessoas, na avenida Paulista.

“O novo capítulo da condenação de Lula, com o bloqueio de seus bens, é calcada na mentira, alicerçada na vingança e realizada para esconder as contradições do processo", afirmou Márcio, ressaltando que é preciso denunciar o “absurdo e a arbitrariedade” do julgamento.

Ainda na coletiva, o vice-presidente nacional do PT destacou que as manifestações em solidariedade a Lula, em defesa da democracia e contra as reformas neoliberais do governo de Michel Temer, que ocorreram nesta quinta, em várias cidades do Brasil, são uma forma de as pessoas darem “seu grito de indignação” contra o que vem ocorrendo no país.

Coletiva

O advogado Cristiano Martins, responsável pela defesa de Lula, anunciou que entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª região contra a decisão do juiz Sérgio Moro de bloquear os bens do ex-presidente. Com isso, Moro privou Lula e sua família de ter acesso a qualquer valor ou bem, prejudicando sua subsistência.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, classificou a decisão do juiz como “chicana”. “Essa decisão tem claramente o objetivo de dificultar a defesa do ex-presidente. É para dificultar a subsistência do presidente Lula. Ele não tem grandes bens. Um ex-presidente com o tempo de vida e trabalho como o dele ter R$ 600 mil já mostra bem como é a vida dele. Enquanto isso, vemos ex-assessores do Temer, como Geddel, serem libertados”, afirmou.

Manifestação

Já na avenida Paulista, onde milhares de pessoas se concentraram na noite desta quinta-feira, o ex-presidente Lula pediu a união de todos em prol do país. “Foram num Banco da Suíça procurar o Lula e acharam o Aécio. O problema deste país não é o Lula, é o golpe. É o presidente que eles colocaram no lugar da Dilma, sem que ele tivesse disputado a eleição. Nós temos que nos preocupar não é com o que está acontecendo comigo. A gente tem que se preocupar é com o que está acontecendo com o nosso País, e com o povo brasileiro. Acontecendo com milhões de trabalhadores, que já perderam o emprego. Com milhares de jovens que não têm perspectivas de emprego”, afirmou.