Especialista alerta para os cuidados com o adoecimento mental no trabalho

Estresse, síndrome de Burnout e depressão ainda atingem 30% dos trabalhadores

Publiciado em 26/09/2018 as 17:59

A saúde do trabalhador ainda é uma questão muito precarizada na sociedade. Diante das demandas diárias e as responsabilidades com rendimentos e resultados, os trabalhadores não conseguem cuidar da saúde como deveriam, tanto física quanto psicológica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os problemas de saúde mental atingem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados.

O psicólogo do Hapvida, Vitor Matos, alerta para os cuidados necessários que esse público deve ter e o que pode ocasionar tais problemas. “A campanha do setembro amarelo é muito importante para ampliar os cuidados com a saúde mental, no entanto, é necessário abordar a questão da valorização da vida de cada pessoa. Algumas causas podem interferir negativamente na saúde psicológica das pessoas, como erros frequentes na execução de tarefas, condições pouco adequadas de trabalho, aumento da carga horária e da demanda, insatisfação de usuários ou consumidores, falta de qualidade de vida. Estes são fatores que favorecem o adoecimento, podendo gerar estresse, síndrome de Burnout e depressão”, destaca.

Por conta da sobrecarga de trabalho, muitos trabalhadores são acometidos com problemas de saúde mental e pedem afastamento. O especialista coloca que se faz necessário para os empregadores pensar na qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores.

“Investir na qualidade de vida proporciona as vivências de bem-estar no trabalho, de reconhecimento institucional e coletivo, de possibilidade de crescimento profissional e de respeito às características individuais. Também está relacionada com a autoestima, a autoimagem, a atividade profissional, a mobilidade, a motivação, a interação com os outros e os aspectos que consideram importantes em busca da felicidade. Por isso, a gestão deve ser participativa, verificando possíveis indícios e colaborando para a humanização no trabalho”, afirma o psicólogo.