90 crianças vítimas de violência sexual deram entrada na MNSL de janeiro a maio de 2019

Publiciado em 04/06/2019 as 15:45

Nesta terça-feira, 4, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Violência e Agressão. A data foi criada para que se reflita sobre os tipos de violência, seja física, sexual, psicológica ou negligência. A psicóloga do Atendimento às Vítimas de Violência Sexual da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL). Na maternidade Nossa Senhora de Lourdes, unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), de janeiro a maio de 2019, foram contabilizados 118 atendimentos a vítimas de abuso sexual, destes 90 a menores de idade.

A MNSL funciona 24h de domingo a domingo e conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, enfermeiros, psiquiatras, assistentes sociais, médicos e técnicos de enfermagem para realizar o atendimento com qualidade. A Nossa Senhora de Lourdes fica localizada na Avenida Tancredo Neves, nº 5.700. O telefone para contato é (79) 3222-8650.

Segundo a psicóloga do Atendimento às Vítimas de Violência Sexual da MNSL, Camila Souza, Camila Souza, é preciso garantir um ambiente seguro para o crescimento das crianças, acentuando que esse é um dever da família, dos educadores, governantes e de toda a sociedade.

“A criança de hoje é o adulto de amanhã e a violência recebida por ela hoje, pode se tornar um círculo vicioso e ela vir a agredir terceiros amanhã. A próxima vítima pode ser um familiar, amigo, vizinho. Muitas vezes a agressão está dentro da própria casa e se apresenta em forma de maus-tratos físicos ou até por negligência do adulto.  Os casos mais comuns são de abuso sexual, espancamento, encarceramento, queimadura, afogamento e envenenamento.  O índice de violência se acentua contra a faixa etária de 2 a 10 anos de idade”, explica.

A psicóloga lembra que há casos em que a criança chega a relatar para alguém, mas geralmente não o faz. Existe um sentimento de medo muito grande, e isso quase sempre acontece devido às ameaças do agressor “A criança quando está sendo abusada sexualmente muda o comportamento, muitas vezes não consegue mais dormir sozinha, passa a usar fraldas, fica agressiva, desconcentrada, sem apetite, começa a ter pesadelos, entre outros aspectos. É muito importante que os pais observem seus filhos e mantenham um vínculo bom com eles”, contextualiza.

Da Ascom