O Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) encerra mais uma vez suas atividades do ano com o seu Projeto Encontro, que reúne, em acolhimento, famílias atendidas pela instituição, voluntários e colaboradores.

O grupo de apoio compreende que o amparo à criança inicia auxiliando o seu seio familiar, e se esforça para que uma vez por mês sejam trazidos momentos de confraternização como este, em torno dos trabalhos realizados, em que haja reflexões para melhorias, além da comemoração conjunta pelas crianças que se mantiveram em quadros estáveis de saúde ano após ano.

A diretora do GACC, Ulla Ribeiro, conta que mensalmente ocorre o evento, e que se busca parceria com diferentes apoiadores. A Norcon, de longa data, tem oferecido o espaço físico, e, nesta terça-feira, 10, cedeu o Matapuã Eventos para a atividade colaborativa. O CajuCap, também um antigo parceiro, contribuiu com cestas-básicas para auxiliar as famílias, assim como foi o caso da Osaf.

“Temos o Projeto Encontro uma vez por mês. As mães hoje presentes são mais de 40, mas o projeto está atendendo 63 crianças e adolescentes. Hoje, depois dos lanches e da Árvore dos Problemas, teremos outras atividades, a piscina e o almoço. As crianças que estão em controle por mais de um ano receberão suas medalhas arco-íris e faremos em seguida um sorteio de prêmios”, descreve Ulla sobre a programação do dia.

E não é de hoje que o GACC trabalha ouvindo as questões das famílias das crianças ajudadas por ele, e através de quadros interativos, em que há o levantamento de pontos positivos das ações da instituição, sugestões sobre o que poderia se agregar e mudar, dentro do orçamento, as famílias se manifestam e ajudam a construir as próprias ações da instituição.

“Infelizmente o câncer é uma doença que não espera, e a gente acaba tendo uma quantidade de perdas que é muito considerada em Sergipe, e de forma geral. Há uma ascensão grande de novas famílias no grupo. Isso ocorre principalmente no grupo um, que tem um momento que as crianças estão bem, que está todo mundo ali bem, e momentos em que elas não estão. É uma oscilação. Então do mesmo modo que saem, entram crianças no grupo”, esclarece Ana Elisa, assistente social do GACC, sobre a participação das famílias.

A frente, o que ilustra as reflexões do encontro é a chamada Árvore dos Problemas, em que é dado um bloco de notas verde, um laranja e outro rosa para que as famílias escrevam o que mais gostaram, suas sugestões e o que acreditam que deveria mudar segundo cada uma, a fim que colem na árvore ilustrada. Dentro do possível, e havendo uma demanda maior, o grupo então transforma as demandas em metas a serem atingidas.

Comemorou-se, através dessa atividade, a positividade das pessoas que se conheceram e a chance realizada de poderem estar novamente juntas. A manutenção das reuniões e palestras, que ajudam na experiência, em como lidar no enfrentamento da doença, assim como o atendimento humanizado do GACC, o auxílio psicológico e o auxílio odontológico.

A sugestão mais destacada, e que será analisada nos próximos meses, é de que os encontros do G2, que é um grupo mais estável da condição das crianças, ocorram pela tarde. É uma demanda de muitos, mas que pelos horários médicos e internações do primeiro grupo, não é possibilidade para todos.

“Há uma evolução devido a um certo saber que vem das palestras que ocorreram nos anos anteriores, e há os pais que estão chegando agora. A gente sempre trata dos temas trazendo abordagens diferentes. É a própria saúde, o cuidado com o outro, temas pertinentes na atualidade são tratados, como VPC, previdência e INSS. Trazemos todo esse arcabouço de informações para que os pais se mantenham informados e que eles consigam tratar com mais facilidade seus filhos. Com mais entendimento sobre o que o filho está passando nesse momento porque há sim cura, há esperança”, conclui a explicação das atividades a assistente social.

Houve a presença especial do grupo Sensação Cigana, trazendo alegria para todos com o seu estilo descontraído. O grupo, conta com o tecladista Rodrigo, que em recuperação, conta com o apoio do GACC.

“Sempre é um prazer poder estar colaborando com um projeto desses como o do GACC. A gente não pode deixar de mão. Sempre que puder ajudar, a gente vai estar aqui, compartilhando o momento com vocês”, declara o cantor Davi.

“Primeiramente agradeço a Deus, e segundo, a família do GACC. É uma felicidade imensa nós virmos. O GACC sempre me ajudou quando precisei, e é sempre que precisarem de mim que estarei disposto a ajudar”, revela Rodrigo.

Na ocasião, foram distribuídos lanches, houve muita música com o grupo, teve piscina, futebol de sabão, futebol society e outras brincadeiras para a diversão das famílias. A ação de acolhimento do Projeto Encontro do GACC atingiu todas as expectativas propostas e segue fornecendo o suporte da instituição há mais de 10 anos.

Fonte e foto assessoria