Prefeitura assegura cuidados à prevenção do coronavírus a pessoas em situação de rua

Publiciado em 06/04/2020 as 09:46
A Prefeitura de Aracaju iniciou na segunda-feira (30) uma ampla ação de acolhimento a pessoas em situação de rua e passou a ofertar abrigo provisório durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19) a essa população em três espaços, na capital. Por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, o trabalho tem sido realizado, sobretudo, para a garantia de direitos a essas pessoas que, além da vulnerabilidade social estão mais expostas ao vírus estando nas ruas. 
 
No primeiro momento, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão é onde as pessoas estão sendo acolhidas e, até a próxima semana, o Estádio Sabino Ribeiro da Associação Desportiva Confiança, parceira da iniciativa, também passará a ofertar abrigo. 
 
Assim, até agora, 52 pessoas estão acolhidas no Freitas Brandão e todo um trabalho de identificação do perfil desse público está sendo feito. 
 
“Inicialmente, estamos realizando as ações necessárias para o acolhimento, que envolve a orientação da higiene pessoal, higienização do local em que eles vão ficar, entre outros pontos. Essa é a primeira fase do acolhimento. Estamos voltados para a prevenção, conversando com eles com relação a estabelecer algumas regras de convivência. Uma vez que esteja cada um em seu abrigo, traremos algumas ações diretamente ligadas à Diretoria de Direitos Humanos - DDH. Esse trabalho em si já faz parte da garantia dos direitos humanos, o trato com as pessoas, a orientação, o olhar mais sensível para determinadas questões”, ressalta a gerente de Igualdade Racial e uma das representantes da DDH no abrigo, Laila Oliveira.
 
De acordo com a coordenadora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e, no momento, coordenadora de acolhimento das pessoas em situação de rua, Edlaine Sena, o trabalho de acolhimento possibilita maior proximidade com esse público. 
 
“Nossa preparação foi reunir os colaboradores, explicar o perfil dos usuários que estão no abrigo, para termos o mesmo alinhamento de acolhimento. Temos colaboradores, inclusive, de outras pastas da Prefeitura para atender à demanda. As pessoas em situação de rua não estão acostumadas a estar em ambiente fechado, convivendo com outras pessoas, então, é preciso fazer esse trabalho para estabelecer um ritmo de convivência, para que eles se cuidem e pensem nos outros também”, ressalta Edlaine.
 
A coordenadora salienta, ainda, a necessidade de conhecer o perfil das pessoas, primeiramente. “Só assim, em seguida, poderemos atuar mais diretamente com a DDH. No entanto, são demandas transversais, ou seja, no acolhimento já estamos garantindo parte dos direitos dessas pessoas. Mas, depois de um olhar mais minucioso, poderemos traçar os caminhos para um trabalho mais específico da área de Direitos Humanos”, pontua. 
 
A princípio, está sendo acolhido o grupo de risco, como famílias com crianças, gestantes e idosos, e em seguida os indivíduos que não estão nesse perfil. No local, as famílias não ficam aglomeradas, há o espaçamento adequado, respeitando o distanciamento social de, no mínimo, dois metros.
 
No abrigo, são disponibilizados produtos de higiene e limpeza, como sabonetes, creme dental e escova de dentes, roupas, toalhas, lençóis, cobertores, álcool, além de colchões, assim como orientações sobre os cuidados necessários para o enfrentamento do novo vírus. São oferecidas, também, três refeições por dia: café da manhã, almoço e janta. A alimentação diária e os produtos de higiene são frutos de uma parceria com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias).
 
Da AAN