Pix terá mudança para evitar golpes

Os bancos devem verificar se seus clientes têm marcações de fraude

Publiciado em 29/10/2024 as 16:00
Agência Brasil/ Reprodução

As mudanças do Pix para combater fraudes e golpes entram em vigor na próxima sexta-feira (1º). Pela nova regra do Banco Central, a transferência ficará limitada a R$ 200 por operação, em celulares e computadores novos e não cadastrados no banco onde o cliente é correntista. O limite diário será de até R$ 1.0000,00.

Esses limites valem até que o usuário confirme com o banco a propriedade do novo aparelho. Após essa confirmação, os limites normais de transação são restaurados. Quem trocar de celular ou quiser usar uma nova chave Pix também passará por esse período inicial com limites reduzidos.

Em nota, o Banco Central explicou que essa exigência de cadastro se aplica apenas a aparelhos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transação Pix, para não causar inconvenientes aos clientes que já usam um dispositivo eletrônico específico.

A medida é para diminuir a possibilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles já em uso pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar as transações por Pix, quando houver o roubo ou conhecimento de login e senha do cliente.

Portanto, para usar um novo dispositivo de acesso ao Pix (celular ou computador), o cliente deverá cadastrar previamente no banco para realizar as transferências, assim como nos casos em que o usuário mudar de aparelho.

Novas regras

Cadastrar novos computadores e smartphones que serão liberados para fazer a transação por Pix

Para equipamentos não cadastrados, o limite por transação será de R$ 200 por operação, e de R$ 1 mil, por dia

Pagamento mais seguro

O Banco Central determinou medidas que as instituições financeiras devem – a partir de novembro – aplicar para garantir segurança nas transferências eletrônicas de recursos nas contas bancárias:

Adotar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente

Disponibilizar — em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes —- informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes

Pelo menos uma vez a cada seis meses, os bancos devem verificar se seus clientes têm marcações de fraude na base de dados do Banco Central
“Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes, seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, acrescentou o BC em nota.

Fonte: Portal R7