BNB destina R$ 213,7 milhões a produtores rurais em Sergipe

Os produtores rurais de Sergipe receberam, em 2016, investimento total de R$ 213,7 milhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Segundo dados do Banco do Nordeste, a maior parte do crédito rural foi aplicada na agricultura familiar, seguida de perto pelo setor de mini e pequenos produtores rurais (MPPR). Neste último segmento, apesar dos efeitos da seca registrados com maior intensidade no segundo semestre, o financiamento concedido em 2016 representa aumento em relação ao valor contratado no ano anterior. Destaca-se a ampliação em 4,57% do valor liberado para o Semiárido (R$ 74,3 milhões).

Publiciado em 13/01/2017 as 17:33

Os produtores rurais de Sergipe receberam, em 2016, investimento total de R$ 213,7 milhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Segundo dados do Banco do Nordeste, a maior parte do crédito rural foi aplicada na agricultura familiar, seguida de perto pelo setor de mini e pequenos produtores rurais (MPPR).

Neste último segmento, apesar dos efeitos da seca registrados com maior intensidade no segundo semestre, o financiamento concedido em 2016 representa aumento em relação ao valor contratado no ano anterior. Destaca-se a ampliação em 4,57% do valor liberado para o Semiárido (R$ 74,3 milhões).

Agricultura familiar

Aos agricultores familiares, foi destinado valor total de R$ 102 milhões, que corresponde a 47,73% dos recursos aplicados. As informações são do gerente em exercício do Pronaf/BNB (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Lúcio Maciel.

"A agricultura familiar é a grande responsável pela produção de alimentos agrícolas no Brasil e em Sergipe. A concessão do crédito ajuda a desenvolver a economia rural, diminuir o êxodo rural, ampliar a oferta de alimentos, aumentar a qualidade de vida do agricultor e, além do mais, o controle da inflação", afirma Lúcio.

Mini e pequeno produtor rural

Coincidentemente, a destinação ocorreu de forma semelhante ao setor de mini e pequenos produtores rurais (MPPR). A aplicação total foi de R$ 99 milhões ou 46,32% do montante financiado. A faixa MPPR inclui todos os produtores com exceção de duas categorias (agricultura familiar e agronegócio).

Segundo Lúcio Maciel, o grande destaque em termos de crescimento fica por conta do custeio pecuário, cujos investimentos superam os destinados ao custeio da produção de frutas, verduras e legumes, por exemplo. A explicação está nas consequências do período da seca para o Semiárido.

"Os efeitos da estiagem se fizeram sentir no pequeno crescimento da concessão de crédito para o custeio agrícola (3,6%), compensado pelo crescimento vertiginoso no custeio pecuário (154,3%), que visa sobretudo à manutenção do rebanho bovino muito castigado pela situação climática. Ao todo, foram liberados R$ 51,1 milhões ao custeio agropecuário, o que representa um aumento de 5,5% em relação a 2015", analisa o gerente.

Outro fator relevante é a concessão de crédito para aquisição de máquinas e equipamentos, que duplicou (106,2%), passando de R$ 5,1 milhões em 2015 para R$ 10,7 milhões.

Milho

"Os municípios com maior volume de investimentos pertencem à região produtora de milho do Sertão Ocidental do estado, como Carira e Simão Dias, com R$ 19,4 milhões, representando 19,6% do valor total", relata Lúcio Maciel.

Para o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Saumíneo Nascimento, os números apresentados demonstram a importância da atuação para o fortalecimento do setor rural sergipano.

"O setor representa aproximadamente 5% do PIB estadual, mas possui importância estratégica na geração de emprego e renda, que culmina em crescimento econômico e equidade. As principais diretrizes da ação creditícia são postas em prática, em especial a promoção do desenvolvimento includente", conclui Saumíneo.