Pesquisas em todo o mundo comprovam: a relação de avós e netos faz bem para a saúde e aumenta a longevidade. Esse contato tem um efeito bastante positivo na vida dos dois. As crianças se tornam mais bondosas, generosas e apresentam menores taxas de ansiedade e depressão no futuro, além de aumentar o desempenho escolar, a autoestima, a inteligência emocional e ajuda a fazer ou manter amigos.

Já os avós que estão ativamente envolvidos na vida dos netos possuem melhor bem estar e tem um risco reduzido de sofrer Alzheimer e outros distúrbios cognitivos. Um estudo feito na Alemanha constatou ainda que esses avós tem o risco de mortalidade diminuído em 37% e vivem até 10 anos. A pesquisa foi realizada com 500 pessoas entre 70 e 103 anos, que foram acompanhadas pelo Estudo de Envelhecimento de Berlin, por 19 anos.

De acordo com a psicóloga do Hapvida, Sarah Lopes, a relação entre avós e netos é importante para a interação e troca de ensinamentos das duas gerações. “Para os avós, é como se houvesse um sopro de vida. A chegada dos netos possibilita nova esperança, além de uma necessária recuperação física e disponibilidade para estar com os netos e aprender sobre as novas tecnologias e ideais contemporâneos. Os netos, por sua vez, aprendem costumes e valores, além de reforçar os laços de família”, ressalta.

A especialista esclarece ainda que o contato é diferente da criação. “Atualmente, por uma necessidade dos pais, muitas crianças acabam por manter um contato muito direto com os avós, sendo criados por eles, entretanto, é preciso entender que o papel dos avós é diferente do papel dos pais. Os avós devem ser doces, afetuosos mas, frequentemente, também são bastante permissivos, o que pode dificultar no comportamento infantil”, destaca.