É comum conhecermos alguém mais quieto e já dizermos que a pessoa é antissocial, mas nem sempre isso é verdade. A questão é que o transtorno antissocial não se trata apenas de um comportamento, mas pode ser uma doença, e que pode vir a causar problemas para quem sofre e para quem convive. Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, explica o que é o transtorno de personalidade antissocial (TPA).

Os indivíduos com transtorno de personalidade antissocial possuem um comportamento específico em relação aos sentimentos das pessoas. Os sintomas podem se apresentar de diversas formas. "O indivíduo pode desconsiderar as regras sociais como certo e errado, mentir frequentemente, ser egocêntrico, agitado e ter dificuldade para reconhecer seu comportamento", exemplifica.  

O TPA pode estar ligado a fatores genéticos, bem como a fatores ambientais, onde o histórico familiar é a base para que se possa traçar o diagnóstico preciso. "Outros fatores também podem contribuir para a formação da personalidade antissocial, como a deturpação de valores na infância ou separação dos pais de forma traumática", complementa a especialista.  

Segundo a psicóloga, o transtorno tem tratamento, mas exige paciência no processo de diagnostico e tratamento. "Frequentemente, a família identifica melhor os sintomas, o paciente não os percebe com facilidade. Quando identificado o transtorno, a terapia cognitivo comportamental costuma ter bons resultados. A terapia medicamentosa pode ser indicada por um psiquiatra, caso haja necessidade, como sintomas de depressão ou ansiedade e agressividade", informa.