“As causas para a tricotilomania podem variar para cada indivíduo, mas no geral, são pessoas com senso de cobrança muito forte, que associada a isso acompanha uma ansiedade e sensação de incapacidade”, relata. 

Segundo o Manual Merck, o transtorno geralmente atinge adolescentes, e em sua maioria mulheres, os fatores de risco aumentam em pessoas que já têm algum outro transtorno como o de ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo compulsivo. 

É preciso estar atento aos sintomas, a tricotilomania é caracterizada especificamente pela extração dos pelos da cabeça e das sobrancelhas. Este comportamento é mais comum quando o sujeito está em um momento de distração ou preocupação. A pessoa que arranca os fios costuma sentir prazer ou alívio ao arrancar, o indivíduo além disso pode ter o hábito de mastigar, morder, engolir ou enrolar os fios arrancados. 

Além dos problemas psicológicos gerados pelo transtorno, o ato de ingerir os fios ainda pode desenvolver a tricofagia que pode levar a vômitos, dores abdominais, sangramentos internos e obstruções gastrointestinais severas e que podem levar a intervenções cirúrgicas.  

A doença tem tratamento com um conjunto de ações. "O tratamento para a tricotilomania envolve evitar situações de estresse e distração, que o sujeito possa extrair os pelos. Nesta fase, é recomendado que a pessoa use lenços, bandanas ou turbantes para evitar o comportamento involuntário. Dependendo da gravidade, deve ser também iniciado uma terapia medicamentosa aliada a psicoterapia”, informa a especialista.