190 ou 181: Saiba para qual telefone ligar e acionar a polícia

Publiciado em 30/09/2021 as 21:29

No acionamento das forças de segurança pública é fundamental saber qual o número mais adequado para o chamado. A população conta com dois telefones para o atendimento de ocorrências policiais o 190, da Polícia Militar, e o 181, da Polícia Civil. Saber qual é o número mais adequado para cada situação é primordial para um atendimento rápido às ocorrências e, até mesmo, para que vidas sejam salvas.

O número 190 é o da Polícia Militar e a ligação é direcionada para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). O 190 é utilizado, primordialmente, em situações nas quais um crime com potencial risco à vida ocorreu ou está em andamento, além de outras ocorrências que estão acontecendo naquele momento, como a violência doméstica e a perturbação do sossego.

O major Daniel Couto, diretor do Ciosp, explicou que para o atendimento aos chamados destinados ao telefone 190, a unidade conta com uma estrutura com profissionais qualificados, para o direcionamento das ocorrências e com equipamentos tecnológicos para que o cidadão tenha atendimento rápido à sua solicitação à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros.

“O número 190 é responsável pelo atendimento das ligações de ocorrências de polícia e do Corpo de Bombeiros em Sergipe. No Ciosp, temos 16 canais de atendimento com colaboradores capacitados para realizar esse tipo de atendimento. Existe toda uma tecnologia embarcada de identificação de chamada, de gravação da ligação, de colocação em fila para que o número não fique ocupado”, destacou o diretor.

O diretor do Ciosp destacou, também, que o sistema da unidade é capaz de identificar ligações que trazem ocorrências falsas, que impactam no atendimento às demandas da população. “Uma situação importante é que no momento que identificamos a ligação e comprovamos que é característica de trote, são tomadas as providências criminais para identificar essa pessoa”, ressaltou.

O major detalhou também que, nos casos em que envolvam violência doméstica, as informações primordiais para o atendimento à ocorrência são coletadas e a equipe policial já é deslocada para o local. Já nos demais casos, como a perturbação do sossego, o major Daniel Couto esclareceu que os operadores do Ciosp solicitam mais informações ao solicitante para que seja feito o direcionamento da ocorrência às equipes.

“Atendemos ligações anônimas, se for o caso de violência doméstica, por ser considerada de prioridade, com protocolos diferenciados. Nesses casos, no momento da ligação, o atendente cadastra informações importantes e despacha a viatura. No deslocamento é que são recebidas as demais informações. Já nas ocorrências que não são prioritárias, o atendente cadastra todas as informações e só após a viatura é despachada”, citou.

Já o telefone 181 é o do Disque-Denúncia, da Polícia Civil. O número é utilizado para o encaminhamento de denúncias à polícia. Com as informações comunicadas pelo cidadão, de forma anônima, são feitas investigações, que podem desencadear em operações que resultam em prisões de suspeitos de tráfico de drogas e, até mesmo, na desarticulação de grupos criminosos.

A delegada Mayra Moinhos destacou que o Disque-Denúncia é um canal de comunicação anônima da Polícia Civil, que é administrado pela Divisão de Inteligência (Dipol). “A comunidade pode ligar e denunciar situações que precisam ser analisadas. São situações que precisam de uma verificação para o futuro. Diferente do 190, não é o chamado que a comunidade deseja pronto atendimento policial”, particularizou.

Após o recebimento da denúncia pelo 181, o fato é direcionado para a unidade policial de apuração. “A Polícia Civil vai distribuir esse fato para a respectiva unidade, que vai fazer os levantamentos e adotar as providências necessárias. O Disque-Denúncia é um canal anônimo de comunicação, ou seja, se você tem uma informação relevante e deseja que fatos como ponto de tráfico e foragido da justiça sejam apurados, você pode passar a informação sem que a identidade seja revelada”, reiterou a delegada.

Mayra Moinhos também enfatizou que práticas recorrentes, mas que não estejam em situação de flagrante, podem ser comunicadas ao 181. “A comunidade pode levar ao conhecimento da polícia um ponto de tráfico, de exploração sexual, recorrentes estelionatos e até mesmo violência doméstica que ocorre constantemente e que não seja um caso emergencial de flagrante. Narrando o fato para a Dipol, nós trataremos a informação e faremos a distribuição para a unidade responsável por essa investigação”, salientou.

A delegada ressaltou o pedido de que apenas informações verídicas sejam repassadas, pois falsas comunicações impactam na própria comunidade. “Esse canal leva informações importantes que já resultaram em inúmeras investigações exitosas. É por isso que pedimos à população que use o 181 para casos específicos, sem que sejam usados para trotes ou para desvirtuar a função do atendimento policial. Quando você liga, essa informação será trabalhada e o fato será apurado. Quando a atenção da Polícia Civil é desviada, é toda uma comunidade que perde”, concluiu.

 

 

 

Da ASN